Foste o meu primeiro amor.
No meio de vidas adolescentes, os nossos sentimentos andaram desencontrados, ora eu gostava de me perder a olhar para ti, ora sabia, porque o teu olhar me dizia, que podias perder-te comigo.
Numa noite, entre copos e coisas que se dizem sem saber, eu adivinhei-nos o futuro, "Um dia vai acontecer". E numa outra noite, já menos adolescentes mas com os mesmos olhares, perdemo-nos num beijo apaixonado que foi o primeiro de muitos.
O tempo passou, até hoje não me perdoo porque não sei com precisão quanto tempo nem com clareza como vivemos cada dia, mas passou e eu tenho a certeza que fui feliz contigo. Recordo conversas, discussões, lágrimas, telefonemas, saudades, abraços e arrepio-me porque me lembro do tanto que sentia nesta nossa relação.
Porque éramos tão novos e tão inocentes e era muito bom poder viver assim, mesmo sabendo que o amanhã seria o nosso hoje - porque eu sabia - que tu és grande e que as pessoas grandes precisam de agarrar o mundo enquanto os outros se confortam a viver nele.
Já não sei bem em que altura, seguimos os caminhos que as nossas outras vidas nos traçaram. E crescemos. E crescemos mesmo, porque eu hoje sinto o peso do tempo que já foi.
Hoje, que conversamos como se o passado fosse ontem - obrigada, soube bem - despedimo-nos com saudades. Minhas, tuas, e, porque não?, nossas, no nosso tempo.
"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."
No meio de vidas adolescentes, os nossos sentimentos andaram desencontrados, ora eu gostava de me perder a olhar para ti, ora sabia, porque o teu olhar me dizia, que podias perder-te comigo.
Numa noite, entre copos e coisas que se dizem sem saber, eu adivinhei-nos o futuro, "Um dia vai acontecer". E numa outra noite, já menos adolescentes mas com os mesmos olhares, perdemo-nos num beijo apaixonado que foi o primeiro de muitos.
O tempo passou, até hoje não me perdoo porque não sei com precisão quanto tempo nem com clareza como vivemos cada dia, mas passou e eu tenho a certeza que fui feliz contigo. Recordo conversas, discussões, lágrimas, telefonemas, saudades, abraços e arrepio-me porque me lembro do tanto que sentia nesta nossa relação.
Porque éramos tão novos e tão inocentes e era muito bom poder viver assim, mesmo sabendo que o amanhã seria o nosso hoje - porque eu sabia - que tu és grande e que as pessoas grandes precisam de agarrar o mundo enquanto os outros se confortam a viver nele.
Já não sei bem em que altura, seguimos os caminhos que as nossas outras vidas nos traçaram. E crescemos. E crescemos mesmo, porque eu hoje sinto o peso do tempo que já foi.
Hoje, que conversamos como se o passado fosse ontem - obrigada, soube bem - despedimo-nos com saudades. Minhas, tuas, e, porque não?, nossas, no nosso tempo.
"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."
"Vai aonde te leva o coração", Susanna Tamaro
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