segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Amor é

Entrar num recinto onde decorre um concerto rock com:
- um vocalista de goelas abertas como se estivesse a ser regado com gasolina perto de um fósforo,
- a grunhir rockês, que é língua que ainda não aprendi e portanto não compreendo,
- à excepção de "filho da puta" e "caralho" que foram claramente pronunciados
e, como não podia deixar de ser,
- um jovem em trono nu a lançar-se livremente, qual gaivota, do palco para o público vibrante.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Impressionante

O tempo que eu passo, sentada, a pensar no que tenho que fazer.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Festejar a vida

Não sou daquelas pessoas que todos os dias ao acordar agradece pela vida. Sou das pessoas que quando acorda, se prepara para viver mais um dia. Por mais forte que o sono seja, a motivação para sair da cama é quase sempre a mesma, "Vai viver".
Com o passar do tempo e as circunstâncias que nele me foram sendo apresentadas, sou cada vez mais pessoa de valorizar aquilo que tem, apreciando sem sofreguidão o que não tem. Coisas simples alimentam-me, eu alimento sonhos.
Posto isto, a minha intolerância cresce a cada momento que alguém decide que está zangado com a vida porque não tem o que quer e esquece o que tem.

Mulher, tens um coração que bate, sangue a correr-te nas veias, cinco sentidos para absorver o mundo. Se isto não te chega, tens gente que te quer, um passado e um futuro, a história de quem te fez e as vidas de quem fizeste.

Será que algum dia te lembraste de festejar? A vida, será que algum dia a festejaste?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aos 22 dias de 2013

Ao 3º dia de 2013 fiquei desempregada.
Ao 17º, fiquei a saber que o carro precisa de (mais) um arranjo daqueles de muito dinheiro (que eu não tenho).
Ao 24º, o meu Pai vai ser operado.

O desemprego para mim não é novo, começo a habituar-me. Despesas com o carro já não me surpreendem, percebi há muito tempo que é karma.

Com a fragilidade da saúde dos meus, todos os dias tento aprender a lidar. Ninguém nos ensina como se faz, no máximo, vemos nos outros aquilo por que passam e como o vivem e pensamos "(e) quando for comigo (?)...", acreditando sempre que o dia vem longe. Até esse dia, todos os avós são eternos, todos os pais são imortais.
Bem lá no fundo, eu sei que a saúde não é uma heroína, heróis são aqueles que vivem com a falta dela. E é disso que tenho mais medo, de ver os meus fraquejarem e, por medo, praguejarem com a vida, em vez de se unirem a ela.