terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aos 22 dias de 2013

Ao 3º dia de 2013 fiquei desempregada.
Ao 17º, fiquei a saber que o carro precisa de (mais) um arranjo daqueles de muito dinheiro (que eu não tenho).
Ao 24º, o meu Pai vai ser operado.

O desemprego para mim não é novo, começo a habituar-me. Despesas com o carro já não me surpreendem, percebi há muito tempo que é karma.

Com a fragilidade da saúde dos meus, todos os dias tento aprender a lidar. Ninguém nos ensina como se faz, no máximo, vemos nos outros aquilo por que passam e como o vivem e pensamos "(e) quando for comigo (?)...", acreditando sempre que o dia vem longe. Até esse dia, todos os avós são eternos, todos os pais são imortais.
Bem lá no fundo, eu sei que a saúde não é uma heroína, heróis são aqueles que vivem com a falta dela. E é disso que tenho mais medo, de ver os meus fraquejarem e, por medo, praguejarem com a vida, em vez de se unirem a ela.